O grupo musical Canela reeditou em Lisboa, no passado
dia 28 de Abril, na FNAC dos centros comerciais do Colombo e do Chiado, o lançamento do trabalho “Madrugada
no Zanzibar”, que Mingo Rangel e cinco compatriotas moçambicanos, residentes em Portugal, oferecem à diáspora lusófona
e mundial. Recorde-se que a apresentação pública do disco ocorreu, de forma muito entusiástica, no final de Março último,
na Biblioteca-Museu República e Resistência. Maio é o mês para mais duas apresentações noutras tantas lojas FNAC: Fórum Almada
(dia 7) e Cascais Shoping (28).
O cosmopolitismo histórico da rota aventureira e mercantil
da canela é o mote para a redescoberta e reinvenção de sonoridades captadas nas margens do percurso dos portugueses, feito
de inconfundíveis misturas de sons e ritmos tropicais e africanos. Mingo Rangel e os Canela actualizam no seu primeiro trabalho
aquela trajectória sonora, convocando as realidades portuguesa e moçambicana e entrelaçando-as com sentires e emoções, sem
evitar o passado comum.
As emblemáticas figuras de Eusébio e de Chibanga são um património
luso-moçambicano que os Canela evocam, dedicando temas exclusivos aos antigos futebolista e toureiro. Nestas como nas restantes
faixas do «Madrugada no Zanzibar», Mingo Rangel, autor e compositor de todos os temas, enche os sons com uma poesia de sentido
estético peculiar e fortemente carregada de simbolismo.